Spotlight: O que a crítica tem dito sobre o desempenho de Mark Ruffalo.


Mark Ruffalo já mostrou a que veio lá atrás quando estrelou Conte Comigo ao lado de Laura Linney, de lá pra cá, tem feito filmes de todos os tipos e níveis de qualidade e sempre se dedicando ao máximo ao seu personagem, se destacando em trabalhos maravilhosos como Zodíaco ou Ensaio Sobre a Cegueira. Conquistou fãs com comédias românticas como De repente 30 e E se fosse Verdade.

Mas desde que foi indicado ao Oscar pela primeira vez em 2011, além do ficar mais famoso por sua participação em Os Vingadores (2012), Mark tem podido selecionar melhor seus papéis e com isso tem entregado cada vez mais atuações memoráveis, dando uma ótima guinada em sua carreira. Seus últimos filmes tem sido aclamados pela crítica, dois deles Foxcatcher e The Normal Heart, lhe renderam indicações ao Oscar e Emmy respectivamente, além de vários outros prêmios importantes. O mais recente é Spotlight, que tem passado por Festivais e estreia em 06 de novembro nos EUA.


Spotlight já passou por festivais de cinema importantes como Veneza, Toronto, Telluride dentre outros. Os críticos são quase unânimes em reconhecer a qualidade do filme em todos os aspectos, especialmente os elementos principais como roteiro, direção e elenco. Deste último, embora seja unanimidade entre os críticos que o conjunto está excelente, Mark Ruffalo tem se destacado mais, junto com Michael Keaton. Andei lendo várias críticas e separei alguns trechos em que os autores destacam o desempenho do Mark (e desculpem se alguns trechos soarem estranhos, alguns críticos usam termos difíceis de se traduzir):

“Da mesma forma, enquanto Rezendes, como retratado por Ruffalo (no desempenho de destaque do filme) tem a energia nervosa e aparentemente suscetibilidade auto-destrutiva de uma vítima de abuso, nunca é exteriormente afirmado que ele também poderia ter sido uma das vítimas.”
Por Amos Lassen (Reviews by Amos Lassen) | Link: http://bit.ly/1Kh8ENO

"Como o repórter idealista, Ruffalo se transforma em um desempenho sem fôlego. Literalmente. Parece que ele está sempre correndo, sempre fora do ar. Fotocopiadora não está funcionando? Não se preocupe, eu vou correr por aqui. Precisa de desarquivar alguns registros? Com certeza, eu vou correr até lá. Ao contar esta história em grande parte de sua perspectiva (que é do repórter do Globe, Michael Rezendes), McCarthy é capaz de nivelar a história sobre o aspecto David contra Golias..." 
Por Clinton Stark (Stark Insider) | Link: http://bit.ly/1Ngushi




“Seu principal escritor é Michael Rezendes, interpretado por Mark Ruffalo, que dá uma aula de como transmitir a angústia com uma única contração do lábio.”
(...)
“O coração da equipe Spotlight é Rezendes, um repórter de meia-idade com corte de cabelo tigela, e sem a utilização de elites de qualquer persuasão*. McCarthy e o co-roteirista Josh Singer sabiamente abstêm-se de sobrecarregar o personagem de Rezendes com o clichê do jornalista como iconoclasta justo. Na tradição da classe trabalhadora irlandesa de Boston, ele é apenas um cara fazendo seu trabalho. Ele nunca é mais ou menos do que satisfatório.
Ruffalo, como Rezendes, também está fazendo seu trabalho, e o faz espetacularmente. Ele concorreu no ano passado Foxcatcher, para o qual ele deveria ter ganhado o Oscar de ator coadjuvante. O papel do Rezendes limita a sua fisicalidade - há muitas maneiras de trabalhar um telefone - mas também de alguma forma acentua a intensidade que canta através de seus músculos. Em um mar de dadbods e terninhos, ele é uma força à parte, curvado e pensativo, tenso, mesmo quando ele prepara cachorros-quentes em seu apartamento vazio. Como ele se move no escritório de um advogado ou faz rabiscos em sua mesa, você sente irradiar tensão de seu corpo. Quando ele ouve como um jovem completamente arruinado conta sua história de abuso, a raiva se move através de seu rosto como um furacão.”
Por Alexander Nazaryan (NewsWeek) | Link: http://bit.ly/1VJ8hYy
 
“é realmente o show de Mark Ruffalo como Mike Rezendes, o repórter "Spotlight" quem tem de fazer o trabalho mais braçal em termos de obter os documentos necessários para provar a Igreja Católica abafando os casos. Seu personagem tem um comportamento calmo que é muito diferente de qualquer coisa que tenhamos visto fazer antes, mas quando suas frustrações finalmente vêm a tona em um discurso explosivo, ele mostra que ator verdadeiramente talentoso Ruffalo é."
Por Edward Douglas (ComingSoon.net) | Link: http://bit.ly/1QytsFA


 
Todos os atores do espetáculo são de alto nível, mas a uma curta distância, o melhor do show é o desempenho do indicado ao Oscar Mark Ruffalo. Ruffalo apresenta seu melhor desempenho da tela até o momento, e faz uma participação em sua reivindicação para o Oscar deste ano. Estranhamente reminiscente do trabalho de Joaquin Phoenix em "The Master", Ruffalo constrói seu 'Mike' dos pés para cima, dando-lhe suas próprias características que eu não tenho certeza que McCarthy e Singer propuseram fazer. Suas expressões em palavras, maneirismos, todos encapsulam a magnitude de sua obra, finalizados por uma cena explosiva que trouxe lágrimas aos meus olhos. Lembrem-se do trabalho aclamado de de Emma Stone em "Birdman", e a cena que fez todos perceberem. Eu queria simplesmente aplaudir.
Por Clayton Davis (Awards Circuit) | Link: http://bit.ly/1G2NBOC
 
“Dada a sua natureza de conjunto não há um único mau desempenho, o que significa McCarthy merece muito crédito como diretor - é difícil escolher um ator ou dois em ‘Spotlight’, mas Ruffalo se sente como o destaque. Ele interpreta Rezendes com uma fala rápida, impulsionada por um cara que não vai aceitar um não como resposta. Assista a sua linguagem corporal em uma sequência em que ele tem que lidar com a burocracia para obter alguns documentos-chave. Só de olhar para ele, você tem a impressão de que ele iria esperar dias para conseguir o que ele precisa. E Ruffalo tem o grande discurso, o que poderia finalmente dar-lhe o Oscar que ele vem merecendo há tempos, porque é um discurso que soa genuíno vindo de seu personagem em vez de projetado para ganhar um troféu”
Por Brian Tallerico (RogerEbert.com) | Link: http://bit.ly/1MJ3QrU
 
"Mark Ruffalo entrega outra atuação digna de reconhecimento e premiações. Seu repórter apaixonado e um tanto aéreo, com sotaque de Boston, é um dos grandes destaques do filme, que culmina certamente no mais ambicioso trabalho de McCarthy até hoje."
Por Érico Borgo (Omelete) | Link: http://bit.ly/1NMlidz
 
O cineasta é ajudado imensamente por um elenco liderado por Ruffalo, que interpreta Rezendes com toda a tenacidade e charme de um pit bull. Ele não é muito divertido para se estar ao redor - mesmo sua esposa parece tê-lo abandonado - mas Rezendes surge como herói assumidamente pragmático do Spotlight, um jornalista de investigação implacável que ataca o seu trabalho com a fúria do um anjo vingador de um homem que não consegue viver a corrupção e hipocrisia.
Por Tim Grierson (Screen Daily) | Link: http://bit.ly/1GbVW8v
 
Eu suspeito interprete melhor posicionado de Spotlight é Ruffalo. O astro de Os Vingadores, duas vezes nomeado, desempenha o repórter do Globo, Michael Rezendes, como um viciado em trabalho ultra-comprometido e tão dedicado a sua investigação que ele não tem espaço para um relacionamento, nem qualquer interesse em decorar seu apartamento vazio. Rezendes corre pra toda parte e fala rápido em frases cortadas - algo mais lento ou mais considerado seria apenas perda de tempo - mas Ruffalo chega a variar essas entonações intrigantes mais tarde quando ele entrega ao filme dois grandes e justos monólogos . Em um filme desta medida, esses são os tipos de momentos emocionais que os eleitores do Oscar vão se lembrar
Por Kyle Buchanan (Vulture) | Link: http://bit.ly/1Kl0d4h
 
Ruffalo, como o repórter mais apaixonado da equipe de Keaton, tem um material mais emocional para trabalhar do que os outros papéis maiores, e assim é, talvez, o destaque quando se fala de premiações...
Por Richard Lawson (Vanity Fair) | Link: http://vnty.fr/1M30yji
 
Sites como Joblo e Variety, dentre outros, destacam o trabalho do Mark e do restante do elenco com frases mais curtas. Houve também muitas reações positivas no twitter após as exibições do filmes nos festivais e screenings e muitas pessoas destacaram o desempenho dele. O personagem de Mark Ruffalo é sempre descrito como repórter honesto, dedicado e implacável. 

Mais críticas deverão surgir quando o filme estrear no dia 06 de novembro nos Estados Unidos, em circuito limitado. 

Atualizado em 28/10/2015


Se existe um destaque no elenco, é Ruffalo como Rezendes, que se encontra fazendo a maior parte do trabalho braçal. Durante grande parte do filme Ruffalo oferece a sensação de estar sendo tão enrolado como uma mola e sempre à beira da ruptura. Há uma tensão nele em como ele lida com seus problemas pessoais os gerencia junto a construção da reportagem, que é capturada toda vez que ele está na tela e faz com que cada cena com ele seja muito mais poderosa. Isso pode soar como uma tomada do Bruce Banner de Ruffalo, mas assistindo Spotlight, o Hulk será a coisa mais distante de sua mente. Visualmente, é claro, o ator é reconhecível, mas ele parece uma pessoa completamente diferente na forma como ele fala, a maneira como ele se comporta, o modo como ele se aproxima de um problema.

Por Josh Lasser (IGN)|Link: http://bit.ly/1PRLKF7


Seu principal repórter na história, Mike Rezendes, é interpretado por Mark Ruffalo, que traz sua sensibilidade habitual para o papel, recusando-se a exagerá-lo para a causar emoção barata.
Por Jim Morekis (Connect Savannah) | Link: http://bit.ly/20aWhid


Atualizado em 29/10/2015


A estrela do filme, porém, foi Ruffalo, que interpretou um repórter  da equipe Spotlight, um grupo de quatro repórteres que mergulha nas histórias, mais do que um repórter  faria diariamente. Suas reações eram honestas, como seu juramento em descrença de quantos padres estavam envolvidos com este tipo de abuso. Perto do final do filme, Ruffalo deu um monólogo que era tão emocional e cru que deu calafrios espectadores.
Por Sara Tewksbury (Stony Brook Independent) | Link: http://bit.ly/1GzTFUB 

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Leia um artigo em português sobre o filme publicado na GQ Brasil.


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